domingo, 29 de setembro de 2013

Daniel, o vampiro (parte III).

Daniel sabia que a reeleição para um segundo mandato, não iria ser fácil. Não pelas subtracções consideráveis ao erário público, que lhe permitiram ter a mais bela casa da freguesia, férias de sonho e deixar de trabalhar, mas pelo facto de ter aparecido um candidato jovem e cheio de ideias fantasiosas.
Se por um lado era confrontado pelo eleitorado por aquilo que não fez, por outro era esmagado pelas promessas megalómanas do rival.
Quando recebeu o relatório do último comício do seu mais directo oponente, Daniel exclamou: – O gajo ou é esquizofrénico ou mente com todos os dentes!
Nas promessas registadas nesse relatório, constavam entre outras, a realização do próximo Mundial de Futebol na freguesia, visto que as conversações com os dirigentes da FIFA estavam bem encaminhadas, garantindo trabalho para os sete desempregados da freguesia durante a construção dos estádios e levar o primeiro português à lua, que seria sorteado entre os habitantes da freguesia. Mas o que mais impressionou Daniel, foi a distribuição de autocolantes, com a imagem do candidato em alto-relevo, com cores florescentes…Daniel não sabia que este acessório eleitoral, de extrema importância, poderia atingir tamanha beleza!
De emergência, reuniu a sua equipa para traçarem um plano. Unanimemente, a equipa concordou que o candidato Daniel, teria de mentir ao eleitorado mais e melhor. Mas como conseguir isso? Nessa reunião, tudo ficou decidido!
No dia seguinte, logo pela manhãzinha, Daniel faz uma hemodiálise política (troca de sangue bom, por sangue desonesto), ritual que iria manter diariamente até ao final da campanha, da parte da parte foi ao seu dentista, para colocar uma placa por cima dos seus dentes naturais, ficando com mais dentes, que o seu opositor, para mentir mais e melhor… e todas as noites infiltrava-se na casa dos eleitores para ouvir o que eles diziam durante os sonhos!
No penúltimo dia de campanha, cruza-se com Altino, o mendigo da zona, que aproveita para lhe pedir uma esmola, e Daniel aproveita para convencê-lo a votar nele enquanto lhe tenta roubar as esmolas, sem sucesso, porque o mendigo está atento. Após este acontecimento, rapidamente corre o boato de que o candidato Daniel, além de prometer, tentou roubar quem tem menos do que ele. Ganha fama de verdadeiro político e a caravana da sua campanha de rua aumenta a olhos vistos, chegando por vezes a ter mais de dez elementos, incluindo dois cães vadios, o Velhinho e o Leão, que gostam é de festa! A disputa entre os dois candidatos, além de ser um caso de polícia, é titânica, mas o último e derradeiro trunfo eleitoral estava guardado para o comício de hoje, último dia de Campanha. São 22h17m, no palanque está Daniel, e atrás de si, todos os elementos integrantes da lista.
Após a actuação de um jovem saxofonista, Daniel inicia o discurso derradeiro, preparado por ele e seus pares, inspirado no discurso da última Miss Universo!
- Minhas caras eleitoras e meus caros eleitores, estamos hoje aqui para reforçar as linhas gerais da minha candidatura. Eu quero paz para o mundo e a libertação da Palestina. Queremos acabar com a fome em África e… – É interrompido por dona Ermelinda.
- Carago! E a fome em minha casa, que é mais próxima, não queres acabar, oh, oh, nabo, hein?
- Mas não era uma banda gástrica que queria, Dona Ermelinda? – Pergunta Daniel.
-Quero! – Responde Dona Ermelinda, encolhendo os ombros – Como é que ele sabe! – Diz para si mesma.
Aproveitando a oportunidade, Daniel prossegue: - E estou em contacto com técnicos da NASA, para instalarem uma estrutura de lançamento de foguetões…AQUI, NA FREGUESIA! Feliz, Caninhas?
Ir à lua é o sonho de Caninhas, eleitor que ficou tolinho depois de uma depressão, por se ter agarrado demasiado aos estudos, para um teste da terceira classe. Já lá vão 30 anos.
Entretanto, Leão e Velhinho, começam a ladrar.
- Au, au, au, au, au, au, au…
- Prometido. – Garante, entusiasmado, Daniel.
- Eu quero uma marquise, com umas cortinas em renda e as beiras com folhos! – Pede um estranho, de aspecto muito…enfim, com sapatilhas cor-de-rosa, calções de ganga e camisa sem mangas!
- Mas tu não és da nossa freguesia…hummmm…prometido! – Garante Daniel, prosseguindo – E para ti, Hugo, vou financiar-te uma confecção, com duas empregadas ucranianas, dois rolos de ganga, para fazeres calças, e três rolos de popeline, para fazeres batas!
- Sonho todos os dias com isso! – Diz Hugo, em lágrimas
- Euuuu seeeiiiiiiii! – Diz Daniel, entre dentes, para si mesmo.
Daniel, “adivinhou” e prometeu a concretização do sonho de todos os outros presentes no comício!
O fecho deu-se com mais uma actuação do jovem saxofonista, que arrecadou aplausos da multidão, mais de sessenta seres vivos, incluindo, o Velhinho, o Leão e algumas plantas, que embelezavam o palanque!
Dois dias depois foram as eleições. Como nada de realista foi apresentado pelos candidatos, sem o povo dar por isso, ganhou quem ofereceu os autocolantes e bandeirinhas mais bonitos!

Os políticos continuaram a não concretizar as fantasias que prometeram e o povinho continuou a chamá-los de mentirosos…até ás próximas eleições!

domingo, 22 de setembro de 2013

José, o Vaidoso!

José sempre foi vaidoso. Esta vaidade nunca se limitou ao aspecto limpinho, mas prolongava-se na ostentação do que tinha, ou não, para se mover num meio, que na cabeça de José, naturalmente não era o seu. Com 1,75 metros tentava dar passos do mesmo tamanho, que os seus “vizinhos” de 1,85 metros!
Durante a sua vida empresarial iniciada em 1974 (é detentor de uma empresa têxtil, a “Batas de Portugal”), todo o lucro, sempre foi gasto em férias, uma casa com sete quartos, apesar do agregado familiar ser composto por quatro pessoas,…, e carros. Nem as duas crises severas porque passou, lhe fizeram parar para mudar de estratégia na empresa, nem alterou os seus hábitos, para que noutros momentos de aflição, a “Batas de Portugal”, tivesse dinheiro em caixa, para não pedir auxílio financeiro a estranhos!
Como a memória de José é curta, ele já não se lembra desses graves momentos, por isso a humildade nunca abafou, nem um pouco que fosse, o pecado mortal, a Vaidade!
Mas a esposa de José, sabendo que a “Batas de Portugal” tem cada vez menos encomendas e os mesmos custos fixos, apesar de ficar a pensar quanto lhe perguntam quanto é 2+2, facilmente se apercebeu que os lucros estavam a baixar.
Começou a perguntar ao marido sobre o estado da empresa, já que o dinheiro gasto no que era preciso e esbanjado no que não era, continuava sem travão. Perante as perguntas da esposa, José sempre afirmava, com toda a convicção do mundo, que tudo estava bem e que nada era preciso mudar na vida deles! Confiante que assim era, o ritmo das idas ao cabeleireiro, mantiveram-se, as roupas caras para os filhos, também, e José continuava a trocar de carro, sempre que um modelo novo saía!
Certo dia, seriam uns poucos antes do fim do mês, José foi levantar dinheiro com o cartão, para pagar ás funcionárias. Além de não ter dinheiro, ainda devia uma fortuna ao Banco!
Aflito e sem saber o que fazer, vai depressa para a cabeleireira, aonde estava a mulher, e:
- Não trates do cabelo nem arranjes as unhas…não há dinheiro!
Agarra-a pela mão, mete-a no carro e pergunta:
- Os nosso rapazes, onde foram?
- Estão na Fashion Store, onde está à venda aquele modelo novo de calças…caaaaras, como um raio! – responde a mulher.
José acelera em direcção á loja, onde os filhos estão a experimentar as calças e obriga-os a entregá-las.
Já em casa, explica à família que não têm dinheiro. A esposa e filhos perguntam como tal aconteceu, quando no dia anterior ele dizia que tudo estava bem!
 - Eu não sei! – responde admirado, encolhendo os ombros.
No dia seguinte, José foi ter com uma amiga de infância, a Ângela, que tinha imigrado para a Alemanha há muitos anos atrás, e estava de férias no nosso país. Ângela empresta dinheiro a pessoas em dificuldades, de toda a Europa, tendo-se inspirado na Dona Branca.
- Ângela, preciso de dinheiro. A “Batas de Portugal” faliu e a minha família também! Não percebo!
- Se não percebes, és mesmo nabo! – diz a Ângela, prosseguindo – Se gastas muito mais do que ganhas e vives com dinheiro que não é teu, um dia ias falir.
- Poça, como é que eu não percebi! – exclama, batendo com a palma da não na testa – Mas eu tenho três ou quatro vizinhos que vivem assim?!
- Vão falir ou já faliram. E Já me vieram pedir dinheiro e outros hão-de vir. – esclarece a Ângela.
A conversa continuou e José concordou que a vida que leva só cria dívida e, caso não mude, emprestar-lhe dinheiro é o mesmo que deitá-lo fora. Acordaram que José tinha que ter uma vida que desse lucro, que lhe permitisse pagar o empréstimo, para tal tinha que redimensionar a “Batas de Portugal”, mudar-se para um apartamento, vender alguns dos carros, despedir as duas empregadas domésticas,…
O empréstimo iria ser dado por partes. A Ângela não é burra e quer garantias para o seu lado.
Após a primeira "tranche", a família de José deixou a casa de sete quartos e mudou-se, não para um apartamento, mas sim para outra casa, com piscina, mas menos dois quartos. Como a casa continua grande, mantiveram as duas empregadas domésticas e venderam dois carros, para “atirar areia” aos olhos da Ângela. Quanto às mexidas na “Batas de Portugal”, estas tardavam.
Influenciado por uns vizinhos que vivem no lado esquerda da sua rua, José teimava em não reduzir o numero de funcionários, já que o volume de negócios só lhe permitia ter seis…tem quatro a mais!
Dias depois, ao cruzar-se com o Semedo, o vizinho que vive mais à esquerda na rua, este pergunta-lhe:
- Então, já recebeste mais alguma parte do empréstimo?
Quase a babar-se, José responde que sim.
- Então, não queiras mais nada com a Ângela. Fica com dinheiro e não pagues!
Novamente possuído pela alergia da “memória curta”, José esqueceu-se que ele é que pediu o dinheiro e liga para a sua “amiga”:
- Ângela? Sou eu, o José!
- Olá José, o que queres?
- Uma coisinha rápida. Vou ficar com o dinheiro que me emprestaste e não vou fazer nada daquilo com que acordámos!
Após estas palavras e ainda sob os efeitos da “memória curta” e dos conselhos dos vizinhos do lado esquerdo, José desliga o telefone e sente-se novamente Vaidoso!

José acabou a viver debaixo da ponte após a falência total da “Batas de Portugal, Sociedade Limitada”, enquanto os antigos vizinhos do lado esquerdo da rua vão-se safando, com o “enterro” dos outros!

domingo, 15 de setembro de 2013

Ida à praia (parte II).

Ajusto novamente o despertador para as sete horas. Como sempre, a ideia é acordar cedo para aproveitar a melhor parte da praia, a manhã.
Mal pouso o despertador na mesinha de cabeceira, ouço um respirar arrastado e profundo. Ao pensamento de que a Cristina já estaria a dormir, precisava de confirmação.
- Morzinho? …Morzinho?...Estás a dormir? – pergunto, quase em segredo.
- Humnhhmmnhhhrrrrrrhh. – responde a Cristina a uma pergunta que não ouviu e não sabe que respondeu.
Este som/resposta, que se assemelha a um grunhido, é a certeza de que se a casa vier a baixo, ela não acorda.
Levanto-me e num instante saio de casa. Aproveito o abrigo natural da noite e em todas as ruas da Trofa com lojas de decoração, lojas de sapatos e hortos, coloco uma placa a dizer, “Rua em obras, trânsito proibido. Volte daqui a três meses!”.
No final regresso a casa e já na cama, pergunto:
Morzinho? …Morzinho?...A casa está a arder!
- Humnhhmmnhhhrrrrrrhh. – responde.
Suspiro de alívio e deixo-me adormecer!

Uns raios de luz a entrarem pela janela entreaberta, abrem-me as pálpebras, “Já é dia!”, pensei. Olho com mais atenção e vejo a Cristina.
- Olá, bom dia! Hoje vamos cedinho para a praia. – diz-me ela.
- Boa… - e sem me deixar acabar de falar, continua:
- Só tenho uma listinha pequeninha de alguns sítios para irmos antes…fica tudo a caminho.
Depois de arranjados e pequeno-almoço tomado, ao irmos para o carro, a Cristina comunica-me os “antros de vício” onde quer ir, antes de irmos para a praia.
Em todas as direcções que tomámos, à entrada de cada rua havia uma PLACA a indicar “Zona em obras”.
- É impressionante, nunca fazem nada, aproximam-se as eleições e é obras por todos os lados! – exclama a Cristina.
- É, é! Tens toda a razão! Logo hoje que queria ver uns lírios no horto! – respondo.
Sem alternativas, devido às obras na minha terra, seguimos para a praia.

Às nove horas e trinta minutos, já temos os pés na areia no sítio para colocar o pára-vento. Espeto o primeiro pau, depois o segundo, tendo em conta a direcção e velocidade do vento e depois…depois sou interrompido!
- Esse pau...não é melhor ficar colocado um bocadinho mais abaixo? – pergunta a minha senhora.
- Não!
- É, é.
Desenterro o segundo pau e coloco-o um pouco mais abaixo, segundo indicações da Cristina.
- Aqui? – pergunto.
- Não sei! Põe onde quiseres!
Estava com vontade era de ir à água. Mal espeto o último pau do pára-vento, tiro a t-shirt e desato a correr para a água. Como não havia mais ninguém na praia para impressionar, em vez de entrar na água de mergulho directo, molho os pés, as pernas, os braços e depois sim, deixo-me “desmaiar” para dentro do mar.
Quando regresso ao areal, a Cristina ainda está vestida e de pé!
- Esqueceste-te de colocar o guarda-sol! – diz-me.
Entretanto tinha chegado um casal novo, que se estava a instalar um pouco mais a cima, ele a montar uma tenda e ela sentada…e caladinha!
- Está bem, assim? – pergunto relativamente à colocação do guarda-sol.
- Humnhhmmnhhhrrrrrrhh.
Deitei-me na toalha a apreciar o jovem casal. A tenda que ele estava a montar parecia um prédio de três andares e ela, sentada e sossegadinha, mantinha-se calada, certamente orgulhosa do namorado, que monta tendas complicadas!
Estava eu embebecido com aquela imagem romântica, quando o rapaz anuncia:
- Minha querida, a tenda está pronta!
A rapariga, de aspecto doce, levanta-se e:
- Achas que isto tem algum jeito? Para fazeres isto tinha montado eu!
Passaram o resto da manhã à volta da tenda!!!
Quando olho para a esquerda está a chegar um senhor, com a sua esposa e filha. Pousam as tralhas e, enquanto o senhor instala dois pára-ventos e dois guarda-sóis, as mulheres vão mulher os pézinhos e quando chegam, diz a esposa:
- Oh, Carlos! Achas que isto está bem? Muda esse guarda-sol para aquele lado!
- Está bem! – responde o chefe de família, resignado e adaptado à realidade.

Na minha toalha mudo de posição e sento-me, com um sorriso, virado para o mar.

domingo, 8 de setembro de 2013

Ida à praia.

Ajusto o despertador para as sete horas, a ideia é acordar cedo para aproveitar a melhor parte da praia, a manhã. Nunca percebi aquelas pessoas que chegam à hora do “cancro”, quando deveriam estar a sair para irem almoçar…que parolos!

Parece que foi no momento a seguir a pousar a cabeça na almofada, que acordei com o primeiro de cinco toques do despertador! O primeiro às sete e o último às oito. Dava perfeitamente para nos prepararmos, irmos tomar o pequeno- almoço e chegar cedo à praia.
O dia tinha acabado de começar e já achava que estava a correr demasiado bem, quando ao entrarmos no carro para irmos para a praia, e chegar cedo, a Cristina diz: - Vamos passar só ali…fica a caminho.
A loja onde ela queria ir ficava a Este do sítio onde estávamos, quando queríamos ir para Oeste…mas estávamos com tempo…, é a grande vantagem de acordar cedo. Após esta deslocação fomos a mais um, e outro…e mais outro sítio, todos a caminho da praia e sem dar conta, já tínhamos percorrido todos os pontos cardeais, sem sair da Trofa!
Finalmente tomamos a direcção da praia e ao fim de meia hora estaciono o carro próximo de um passadiço que dá acesso ao areal. Quando olho para a esquerda, vejo várias pessoas a sair. “Estará vento?” – pensei eu, olhando para o céu a certificar-me se alguma gaivota estava a ser arrastada e de seguida espreito por cima do ombro, em direcção à bandeira, que além de verde, não se mexia!
- É meio-dia. Quase que chegávamos de manhã! – diz a Cristina.
Quando ouço as horas, envergonhadamente, tapo a cara, para não ser visto, mas o António reconheceu a matrícula:
- Tudo bem, Calheiros? Vais para a praia?
- Não, António! Só um inconsciente ia a esta hora para lá! Já vamos embora. – respondo.
Quinze minutos depois, já tínhamos o pára-vento e o guarda-sol montados e sem grande demora, já estou a molhar os pés…a água estava gelada! O mergulho foi imediato e inevitável, depois de passar água pelas pernas, tronco e cara. Sempre desconfiei daqueles que vão molhar os pézinhos e recuam para o areal!
Dou meia dúzia de braçadas e deixo-me estar a boiar. Ao sair da água, o ar natural que transmitia era desmentido pela pele de galinha e pela quase inexistência dos genitais…com calma dirijo-me para a minha toalha, onde me deito exposto ao sol, naquela hora em que ele é forte e faz mal…com urgência precisava de recuperar os meus orgãos…e adormeci, a Cristina já dormia!
Quando acordo, desta vez sem nenhum toque de despertador, a praia já tinha recuperado aqueles que tinham saído ao meio-dia. Abro os olhos e senti-me como a acordar no meu quarto, mas cheio de estranhos, em que cada um pode ficar a conhecer um pouco do meu íntimo, ou seja, a forma escarrapachada como durmo, se ressono ou não, se falo ou tenho tiques durante o sono…e aquela! Aquela que, de pé e em topless, chegava creme por detrás de um pára-vento, também pensa agora que me babo a dormir, mas nesse caso foi apenas a reacção ao vislumbre de um belo exemplar de mamas!
Viro-me para o lado e a Cristina ainda dorme e baba-se. Olho para onde a cabeça dela está virada e, aliviado, vejo um rochedo! Quando olho para ela, outra vez, sinto os genitais e um sorriso denúncia que já os recuperei…

Como é bom aproveitar a praia, logo pela manhãzinha!