domingo, 18 de maio de 2014

Teste ao espírito criativo com um “copo” a mais!

Sábado, Avenida de Paradela, Trofa, 23h32m, sofá de casa…Cheguei há cinco minutos da melhor tasca do mundo, a “Canzoada”, também na Trofa. 
Devido a dois copos a mais de “água”, o índice de álcool no sangue não está 0,00 g/l, como quando o dia começou, e para chegar até à cama, o trajecto vai ser  feito por etapas. Apesar de a vontade ser levantar-me do sofá, ir para o quarto e tombar na cama, a Cristina já me avisou para não me deitar sem antes tomar banho! Sem balizamentos morais, derrubados por uns copitos de água verde branca fresquinha, vou escrever o que sair, amanhã, mesmo que tenha vergonha do que sair agora, é o que vou publicar no melhor blogue do mundo num raio de três metros à volta de minha casa.
Antes de mais gostaria de soltar um palavrão…e vou soltar!
Aahhh grandiosa prostituta que o deu à luz! Hoje à tarde perdi no futebol.

Mas o dia começou cedo, por volta das oito, com o índice de álcool no sangue de  0,00 g/l. Às 9h15m tinha consulta de oftalmologia no hospital da minha terra.
(Vinha acontecendo de forma persistente ao avistar alguém ao longe,pensar – “Que miúda gira!” – mas com a aproximação, verificar que além de não ser gira, por vezes não era mulher! Nitidamente, estou a ver mal ao longe.)
Com a devida antecedência chego ao hospital e penso – “Pode ser desta que seja atendido a horas”. Mas para não correr riscos, porque detesto chegar atrasado e fazer os outros esperar, não marquei nada para o resto da manhã.
O tempo passa e não ouço chamar o meu nome. Estou só, numa sala, virado para a parede a pensar no sol lá fora.
 - Senhor José Calheiros! – Chamam-me.
São 10h30m, quando entro no consultório. Apetece-me mandar alguém para a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas.
- Olá, Sr. Doutor!
- Olá, Sr. Calheiros.
- Ora veja aquelas letras lá ao fundo! – Pede-me, prosseguindo – Agora leia estas ao perto.
Após este pequeno teste, pergunto:
- Ao longe sou um vesguinho, não sou, Sr. Doutor?
- Não. Ao longe vê perfeitamente bem, agora ao perto é que não. Mas nada de alarmante e que necessite usar óculos.
Ao sair do consultório, avisto ao longe, na sala de espera principal, uma miúda toda fresca de mini-saia, boa como o “Zea mays”, vulgo milho. Ao aproximar-me, apercebo-me que é a Maria, que se tivesse espelhos em casa, usava burca!
Saí do hospital, nada convencido do veredicto do médico!
No trajecto para casa paro no café, para tomar um café (além de ser pontual, gosto de ser coerente), mas estraguei tudo, quando dez minutos depois peço umas águas sem gás! Lá fora na esplanada, estão o Sampaio, portista, e o Rui, sportinguista tal como eu. O que os dois têm em comum, além da amizade, é o corpo em “B”.
Quando saio do café, com relativa alegria, cumprimento-os.
- Tudo bem, rapazes?
- Está tudo, Calheiros! – E prosseguem - Estás elegante…
E termino a frase por eles – E com o corpinho em “V”!
Este momento de “autoconvencionismo” evitou uma chamada para a minha mãe a perguntar “quem é o mais bonito do mundo”.
Chego a casa e a minha cabeça está em modo “futebol logo à tarde com os amigos, às cinco, no pavilhão do liceu da Trofa”.
Fui um pouco mais cedo. Às 16h25m já estava lá e com um bocadinho de sorte, alguém da hora anterior aleija-se e jogo eu. Realmente a mente é poderosa e o Sérgio “rasgou-se” todo e não aguentava continuar. Entrei eu…todo contente!
Fiz um jogo e depois outro. Perdi um e depois o outro…mas parecia um “menino”! No fim, uma equipa, desta vez reduzida a cinco, foi para a “Canzoada”.

Cheios de sede, mandámos vir por engano, o vinho em vez da água, depois a comida e depois o à “vontade” e a conversa, por vezes em jeito de discussão. E em apenas cinco pessoas tínhamos um país representado, uns do Porto, outros do Benfica e outros do Sporting, uns de esquerda, outros de direita e eu por Portugal e pelos portugueses, uns patrões e outros empregados, uns ricos e outros remediados,…
Com muito ou pouco saber, todos sabíamos muito de tudo, mas quando o Ricardo diz que o Benfica é o maior, o Mário, portista, rapidamente lhe diz:
- Felaceia-me o pénis!
A expressão do Ricardo “gela”, virado para o Mário, e por breves segundos ficámos a olhar para os dois, à espera do próximo episódio.
- Vai-te sodomizar. – Responde o Ricardo, voltando a discussão novamente à mesa.

Eu vim para casa e estou a acabar de escrever este texto e mesmo com algumas tonturas na cabeça, tenho a certeza que além da morte, a “Canzoada” também iguala todos os Homens!

P.S. –Já tomei banho e não resisti a rever o texto antes de ir para a cama, mesmo estando ainda tonto…como o texto (gosto de ser coerente).

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