segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O que realmente importa.

Ébola, crise na Ucrânia, o eterno Médio-oriente, EUA, a Mãe Rússia, China,…, notícias que se vão alternando, ou por moda, como o caso das epidemias, nunca “démodé” e sempre boas, como as castanhas quentinhas, pelo alarme que causam, ou, quando o vazio é total, para quem vive das notícias, tem sempre o Mundo Árabe e Israel. Para completar a animação nas redacções, há sempre quem dê uma facada a alguém!
Tudo o que nos é dado a conhecer pelos jornais e pelas televisões, servem para, à noite, alimentar discussões indignadas nas redes sociais, podendo chegar ao insulto, se formos suficientemente interessantes para tal!
Um bom amigo diz-me que nunca se desliga do “Facebook”, com medo de perder o encanto!
Mas nós, aqui no nosso cantinho, desgastamos-nos bastante com aquilo que não podemos mudar e que se passa a milhares de quilómetros de distância, quando ao nosso lado há quem passe fome e privações… mas isto não tem dimensão para discussões que nos façam interessantes aos olhos dos outros!
Apesar da proximidade de quem mora na nossa rua e tem privações que podemos minorar, o que realmente nos interessa e nos preocupa, também não é isto!
Ninguém acorda de manhã a sufocar porque um negro está infectado com ébola em África, nem pesaroso porque o vizinho não tem o que comer ao pequeno almoço… preocupa-nos a proximidade do que nos pode afectar…a Legionella e o ar condicionado no trabalho.
Não sentimos crescer um “galo” na cabeça, porque um Árabe acertou com uma pedra num israelita, mas dá-nos dor de cabeça as filas de trânsito no caminho para o trabalho… queremos lá saber da perseguição feroz da Mãe Rússia a determinados grupos, quando em casa temos a mulher na semana do periodo, na bomba de gasolina ninguém pensa que a China e os EUA, são os maiores poluidores, mas sim que há uns anos atrás enchíamos o depósito por metade do dinheiro…
O que nos preocupa é a nossa vida…ou vidinha, e de todos os males, ou sofro o maior…uma lesão! Onde? Na coxa. Implicações? Não posso jogar à bola.
Foi há seis semanas atrás, no habitual jogo de domingo. O adversário na pequena-área chuta para golo, têm os braços levantados e largos sorrisos antes de a bola passar a linha de golo, eu estico a perna, mesmo sabendo que não conseguiria fazer o “corte”, mas iria impressionar pelo esforço, e sem querer, o meu pé de apoio escorrega, e sem nunca na vida o ter conseguido, faço a espargata, “corto” a bola sem querer, o adversário baixa os braços, perde o sorriso e a minha equipa inicia o contra-ataque.

Fiquei deitado no chão, alheio a todos os sofrimentos do mundo, sem saber como sair daquela posição, onde nunca me tinha visto, e a desejar, não paz para o mundo, mas conseguir recuperar para o próximo jogo!

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