Ébola, crise na Ucrânia, o
eterno Médio-oriente, EUA, a Mãe Rússia, China,…, notícias que se vão
alternando, ou por moda, como o caso das epidemias, nunca “démodé” e sempre
boas, como as castanhas quentinhas, pelo alarme que causam, ou, quando o vazio
é total, para quem vive das notícias, tem sempre o Mundo Árabe e Israel. Para completar
a animação nas redacções, há sempre quem dê uma facada a alguém!
Tudo o que nos é dado a
conhecer pelos jornais e pelas televisões, servem para, à noite, alimentar
discussões indignadas nas redes sociais, podendo chegar ao insulto, se formos
suficientemente interessantes para tal!
Um bom amigo diz-me que nunca
se desliga do “Facebook”, com medo de perder o encanto!
Mas nós, aqui no nosso
cantinho, desgastamos-nos bastante com aquilo que não podemos mudar e que se
passa a milhares de quilómetros de distância, quando ao nosso lado há quem
passe fome e privações… mas isto não tem dimensão para discussões que nos façam
interessantes aos olhos dos outros!
Apesar da proximidade de quem
mora na nossa rua e tem privações que podemos minorar, o que realmente nos
interessa e nos preocupa, também não é isto!
Ninguém acorda de manhã a
sufocar porque um negro está infectado com ébola em África, nem pesaroso porque
o vizinho não tem o que comer ao pequeno almoço… preocupa-nos a proximidade do
que nos pode afectar…a Legionella e o ar condicionado no trabalho.
Não sentimos crescer um “galo”
na cabeça, porque um Árabe acertou com uma pedra num israelita, mas dá-nos dor
de cabeça as filas de trânsito no caminho para o trabalho… queremos lá saber da
perseguição feroz da Mãe Rússia a determinados grupos, quando em casa temos a
mulher na semana do periodo, na bomba de gasolina ninguém pensa que a China e
os EUA, são os maiores poluidores, mas sim que há uns anos atrás enchíamos o
depósito por metade do dinheiro…
O que nos preocupa é a nossa
vida…ou vidinha, e de todos os males, ou sofro o maior…uma lesão! Onde? Na coxa.
Implicações? Não posso jogar à bola.
Foi há seis semanas atrás, no
habitual jogo de domingo. O adversário na pequena-área chuta para golo, têm os
braços levantados e largos sorrisos antes de a bola passar a linha de golo, eu
estico a perna, mesmo sabendo que não conseguiria fazer o “corte”, mas iria
impressionar pelo esforço, e sem querer, o meu pé de apoio escorrega, e sem
nunca na vida o ter conseguido, faço a espargata, “corto” a bola sem querer, o
adversário baixa os braços, perde o sorriso e a minha equipa inicia o contra-ataque.
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