domingo, 15 de março de 2015

Isto não se passa comigo

- Queres apanhar a roupa do estendal ou aspirar a casa? - perguntou-me a... ou melhor, contou-me um amigo, dizendo que a sua mulher lhe fez esta pergunta.
Perante a minh...ou melhor, perante a hesitação do meu amigo, apesar de ele me contar que detesta menos aspirar, porque não corre o risco de ser apanhado pela vizinhança a estender roupa, a Crist...ou melhor, a mulher dele, além de perguntar, respondeu por ele:
- Está bem! Aspiras e apanhas a roupa.
- Mas eu prefiro aspirar! – respondi...respondeu o meu amigo, não fui eu!
- Está bem! – diz a Cristina, por acaso a mulher do meu amigo tem o mesmo nome da minha mulher, e prossegue – Então podes escolher aspirar antes ou depois de apanhar a roupa.
O meu amigo continuou com os desabafos, lamentando os desequilíbrios, as passagens do 8 para o 80 em quase todas as actividades do ser humano. Para ele, no caso concreto da “libertação” da mulher, de lhe garantir direitos fundamentais, não estava consagrado o direito de se libertar dos mimos e de actividades domésticas, que nós, homens, em solteiros, tínhamos garantido pelas nossas mães. Este facto dá direito por si só, a que voltemos por justa causa para o colo das nossas mães e que se celebre o Dia Mundial do Homem  no dia a seguir ao Dia Mundial da Mulher.
Cheguei a...ou melhor, o meu amigo chegou a pensar,apesar de não ter nenhuma filiação religiosa, depois de ler a Bíblia e de estar a ler o Alcorão, o Livro Sagrado do Islamismo, tornar-se muçulmano, onde o papel da mulher é bastante simplificado e não tem nada que enganar. É tão simples, claro e cristalino, quanto isto, “obedecer ao homem”.
Concordei imed...imediatamente disse ao meu amigo:
- Isso não! Isso seria uma regressão, como passar do 80 para o 8.
Apesar deste meu argumento, de suposta racionalidade, o organismo dava-me uma resposta contrária e esta ideia macabra da mulher obedecer cegamente ao homem, fazia-me salivar...da mesma forma que salivo, quando alguém está à minha frente com a boca cheia de sugos!
No Ocidente não prevejo uma marcha-atrás no respeito pela mulher como individuo e voltar, como não há muitos anos atrás, ao tempo dos nossos pais, avós,...em que a mulher era criada para saber servir o homem.

Por isso, é muito provável, que me vejam...ou melhor, que eu veja, um destes dias, o meu amigo, ou a viver novamente na casa da mãe ou a passear a Cristina, sua mulher, de burka!

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