domingo, 8 de março de 2015

Um Dia Mundial de...

A propósito do Dia Mundial da Mulher, pus-me a questionar porque não abranger este dia e transformá-lo no Dia Mundial da Fêmea? Após breve reflexão, apercebi-me que não fazia sentido!
Em todas as espécies, à excepção da nossa, a Natureza faz o seu papel e organiza as comunidades e famílias, em que cada um, macho e fêmea, desempenham instintivamente o seu papel, sem atropelos.
Isto acontece nas várias espécies sem grandes diferenças e de forma muito básica. O macho caça e seduz, a fêmea protege as crias e deixa-se “galar”, como os nossos antepassados também o faziam. É a Natureza.
Uma excepção a este teatro acontece com uma espécie de aves australiana, em que o macho, cem por cento monogâmico, quando a fêmea morre, lança-se de um penhasco ao encontro da morte, sem que outro pássaro lhe tivesse dito de antemão, que iria encontrar um sem número de pássaras virgens à espera dele, no céu!
Mas o Homem, ao tornar-se cada vez mais “inteligente”, foi-se afastando da Natureza, criando as suas próprias organizações sociais e relevando ou diminuído o papel dos indivíduos, criando Culturas e Religiões, com comportamentos tão díspares, que resultaram na divisão do Mundo entre Ocidente e Oriente. Qualquer outra espécie animal não difere nos comportamentos, esteja onde estiver…um cão tanto levanta a pata para fazer “chichi”, em Portugal, como levanta a pata para fazer o mesmo no Vietname.
São estes atropelos do Homem (cada vez mais inteligente) sobre os outros, que o levaram a criar o “Dia Mundial de…” para nos lembrarmos de como deveria ser, aquilo que transformamos em…!
Um desses dias foi o Dia Mundial da Mulher, cujo papel, as Religiões e diferentes Culturas, trataram de diminuir na sociedade, desde há séculos.
Mas no Ocidente algo iria acontecer, e o marco do primeiro movimento feminista acontece no século XIX e coincide com a revolução industrial. Até aqui, o estatuto social da mulher resumia-se a um ser que necessita da tutela e de protecção do homem. E é nos fins do século XIX e inícios do século XX que um grupo de mulheres inglesas, lidera um movimento pela igualdade perante a lei, pela instrução, por um salário justo e pelo direito de voto.
Todas estas reivindicações, com sentido, aconteceram e acontecem, em consequência de comportamentos extremos em que durante séculos o homem diminuiu a importância da mulher.
Mas este movimento, que deu origem a outros durante o século XX, também espalhou a ideia errada entre muitas mulheres de que deveriam ser iguais aos homens, em tudo. É quando chegamos a um ponto em que não existe equilíbrio na cabeça de cada um, onde tudo se confunde.
Um destes dias, alguém falou (e foi uma mulher) nas características da mulher ocidental moderna, e apresentava o dom de reproduzir como uma característica menor.
As fêmeas, no mundo animal, têm esta capacidade de emprenhar, que talvez seja a, ou uma das coisas mais importantes no Planeta! Permite-lhes criar um vínculo com a cria, que o pai, provavelmente, nunca conseguirá compreender na plenitude, como quando se tira “satisfaz bastante” no teste de matemática. Somos bons, mas não dominamos a matéria toda!
Fisicamente também somos diferentes, o que impede de atingirmos a igualdade plena. Anatomicamente a mulher não pode dar uma coçadela sôfrega nos testículos, quando as truses lhe apertam, ou uma mais amena, enquanto põe a conversa em dia com os seus semelhantes. No máximo, podem cuspir para o chão e dizer uns palavrões…mas, se para algumas de vocês, a igualdade passar por aqui, resistam, porque isto não tem nada de encantador!
Não queiram ser como nós, homens…não sejam pragmáticas e cumpridoras de horas!
Não queiram ser como nós, que com 37,8 graus de temperatura dizemos que vamos morrer e vocês com 40 graus não deixam de tomar conta dos filhos.
Gosto de vós quando eu digo que branco é branco e vós, só porque vos apetece, dizeis que se calhar é azul. Gosto de vós quando “me tirais do sério”, porque quereis dizer “parede” e pela boca vos sai “chão”. Gosto de vós quando combinamos às três da tarde e apareceis às três e quarenta e cinco e dizeis: “Desculpa, atrasei-me um bocadinho!”…Gosto de vós, porque simplesmente, quanto mais o tempo passa, mais tenho a certeza que vos compreendo menos…
Mas sei que ninguém ama como vós, que ninguém luta como vós, que ninguém cuida como vós e que ninguém resiste como vós! E isto chega.

Não confundais “direitos” com “ser iguais”… não deixeis de ser Mulheres!

Só não percebo…porque razão o Dia do Trabalhador, não se festeja a trabalhar!

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