A
propósito do Dia Mundial da Mulher, pus-me a questionar porque não abranger
este dia e transformá-lo no Dia Mundial da Fêmea? Após breve reflexão,
apercebi-me que não fazia sentido!
Em
todas as espécies, à excepção da nossa, a Natureza faz o seu papel e organiza
as comunidades e famílias, em que cada um, macho e fêmea, desempenham
instintivamente o seu papel, sem atropelos.
Isto
acontece nas várias espécies sem grandes diferenças e de forma muito básica. O macho
caça e seduz, a fêmea protege as crias e deixa-se “galar”, como os nossos antepassados
também o faziam. É a Natureza.
Uma
excepção a este teatro acontece com uma espécie de aves australiana, em que o
macho, cem por cento monogâmico, quando a fêmea morre, lança-se de um penhasco
ao encontro da morte, sem que outro pássaro lhe tivesse dito de antemão, que
iria encontrar um sem número de pássaras
virgens à espera dele, no céu!
Mas
o Homem, ao tornar-se cada vez mais “inteligente”, foi-se afastando da
Natureza, criando as suas próprias organizações sociais e relevando ou
diminuído o papel dos indivíduos, criando Culturas e Religiões, com comportamentos
tão díspares, que resultaram na divisão do Mundo entre Ocidente e Oriente. Qualquer
outra espécie animal não difere nos comportamentos, esteja onde estiver…um cão
tanto levanta a pata para fazer “chichi”, em Portugal, como levanta a pata para
fazer o mesmo no Vietname.
São
estes atropelos do Homem (cada vez mais inteligente) sobre os outros, que o
levaram a criar o “Dia Mundial de…” para nos lembrarmos de como deveria ser,
aquilo que transformamos em…!
Um
desses dias foi o Dia Mundial da Mulher, cujo papel, as Religiões e diferentes
Culturas, trataram de diminuir na sociedade, desde há séculos.
Mas
no Ocidente algo iria acontecer, e o marco do primeiro movimento feminista
acontece no século XIX e coincide com a revolução industrial. Até aqui, o
estatuto social da mulher resumia-se a um ser que necessita da tutela e de protecção
do homem. E é nos fins do século XIX e inícios do século XX que um grupo de
mulheres inglesas, lidera um movimento pela igualdade perante a lei, pela
instrução, por um salário justo e pelo direito de voto.
Todas
estas reivindicações, com sentido, aconteceram e acontecem, em consequência de
comportamentos extremos em que durante séculos o homem diminuiu a importância da
mulher.
Mas
este movimento que deu origem a outros durante o século XX e espalhou a ideia
errada entre muitas mulheres de que deveriam ser iguais aos homens, em tudo. É
quando chegamos a um ponto em que não existe equilíbrio na cabeça de cada um, onde
tudo se confunde.
Um
destes dias, alguém falou (e foi uma mulher) nas características da mulher
ocidental moderna, e apresentava o dom de reproduzir como uma característica
menor.
As
fêmeas no mundo animal têm esta capacidade, de emprenhar, que talvez seja a, ou
uma das coisas mais importantes no Planeta! Permite-lhes criar um vínculo com a
cria, que o pai, provavelmente, nunca conseguirá compreender na plenitude, como
quando se tira “satisfaz bastante” no teste de matemática. Somos bons, mas não
dominamos a matéria toda!
Fisicamente
também somos diferentes, o que impede de atingirmos a igualdade plena.
Anatomicamente a mulher não pode dar uma coçadela sôfrega nos testículos,
quando as truses lhe apertam, ou uma
mais amena, enquanto põe a conversa em dia com os seus semelhantes. No máximo,
podem cuspir para o chão e dizer uns palavrões…mas se para algumas de vocês, a
igualdade passar por aqui, resistam, porque isto não tem nada de encantador!
Não
queiram ser como nós, homens…não sejam pragmáticas e cumpridoras de horas!
Não
queiram ser como nós, que, com 37,8 graus de temperatura, dizemos que vamos
morrer, e vocês com 40 graus não deixam de tomar conta dos filhos.
Gosto
de vós quando eu digo que branco é branco e vós, só porque vos apetece, dizeis que
se calhar é azul. Gosto de vós quando “me tirais do sério”, porque quereis dizer
“parede” e pela boca vos sai “chão”. Gosto de vós quando combinamos às três da
tarde e apareceis às três e quarenta e cinco e dizeis: “Desculpa, atrasei-me um
bocadinho!”…Gosto de vós, porque simplesmente, quanto mais o tempo passa, mais
tenho a certeza que vos compreendo menos…
Mas
sei que ninguém ama como vós, que ninguém luta como vós, que ninguém cuida como
vós e que ninguém resiste como vós! E isto chega.
Não
confundais “direitos” com “ser iguais”… não deixeis de ser Mulheres!
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