segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bandeira ao contrário!


A Constituição é clara quanto há penalização das pessoas e instituições, pelo desrespeito dos símbolos e Bandeira nacionais.
O desconhecimento desta alínea faz com que as pessoas tenham comentários jucosos e injustos sobre algumas personalidades, principalmente quando dizem que parece que não temos Presidente da República ou se o temos é ausente…ele não aparece, não fala, não vai a festas, não telefona,…!
A estas pessoas, a quem eu chamo de ignorantes, quando têm a sorte de se cruzarem em conversa comigo, rapidamente esclareço:
- O Presidente não pode falar, está preso! Içam a bandeira ao contrário e dá nisto!
- E o Presidente da Câmara de Lisboa, não devia estar também?! -  perguntam.
- Não, esse não! Esse senhor é boa pessoa! – respondo e prossigo – O Toninho Costa, para poupar os contribuintes de Lisboa da conta da lavandaria, pediu ao senhor Tavares, funcionário da Câmara, para levar a Bandeira Nacional para casa e a sua Maria lavou-A e dobrou-A!
- E então! O Toninho devia ser preso! – insistem, “ignorantemente”.
- Nããããão!!! Presos estão o PR, o Sr. Tavares e a Dona Maria! O Toninho Costa cumpriu a sua parte no castigo, que foi insultar o Sr. Tavares e a Dona Maria, numa visita à prisão! – respondo.
Não gostei de ver a bandeira içada ao contrário, mas gostava de ver o país do avesso. Não confundir esta frase com a vontade de uma revolução armada ou violenta, mas sim com uma revolução nos comportamentos:
- Na Assembleia da República, em vez dos insultos habituais e arremesso de pedras uns aos outros enquanto todos se abrigam em telhados de vidro, gostava que o discurso fosse outro, ao estilo bem-educado e colaboracionista: “Ó Sr. Deputado do partido que não aprecio, você é uma excelente pessoa, mas discordo do que disse, mas estou disposto e disponível, para em conjunto, vermos a melhor solução para os portugueses!
- Na estrada, estarmos atentos aos outros e não atropelarmos a velhinha que já está no meio da estrada, porque temos a razão de ela estar fora da passadeira!
- Na amizade, sermos sinceros, sem ser brutos, e se gostamos da mesma miúda, ela que arranje outro! Nós vamos beber umas cervejolas e miúdas para nos apaixonarmos há muitas!
- No futebol, se o árbitro marca de forma escandalosa um penalty que não existe, a razão não se dever a suborno mas sim à plena sensação de que estava a ajuizar bem, e com chave de ouro, ver as claques a entoar cânticos de apoio ao juiz, do estilo: “Árbitro fofinho, olé! Para a próxima vês melhor, olé, olé…!”
- Nos relacionamentos, sentirmos-nos bem, porque os outros estão bem! Isto é um sinal da descoberta da felicidade de dar…!
- Nos negócios, a “palavra de honra” ser a mais importante “assinatura”, mais valiosa do que as leis!
- No trabalho, fazer por merecer, em vez de pedir primeiro para ver se fazemos a seguir!
-Na Justiça, defender-se a vítima em vez do ladrãozinho que assaltou a casa e cortou a mãozinha ao partir o vidro, porque a vítima é cuidadosa e trancou a porta e janelas e propositadamente dificultou o assalto!!!

Estas coisas, em alguns países aplicam-se, mas no nosso…!!!
Há pouquíssimo tempo num café, na mesa ao lado onde estava sentado, um indivíduo contava aos outros que tinha feito uma vigarice e o aldrabado caiu como um “pato”, acreditando-se na palavra do aldrabão! A reação de quem ouvia foi “És o maior, és mesmo fino!”. Assisti ao vivo e gratuitamente à glorificação do “chico espertismo” e fiquei de tal forma embriagado com a cena que no fim exclamei “Amén!”.
Cheguei novamente à conclusão de que vivemos num país infestado de finórios e golpistas, e é desta linhagem que descende a classe política…os outros, que são honestos e acreditam na palavra do seu semelhante, são os “patos!

Nós não somo vítimas, somos cúmplices, em medidas diferentes, da bandeira ter sido hasteada ao contrário! 

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