A Constituição é
clara quanto há penalização das pessoas e instituições, pelo desrespeito dos símbolos
e Bandeira nacionais.
O
desconhecimento desta alínea faz com que as pessoas tenham comentários jucosos
e injustos sobre algumas personalidades, principalmente quando dizem que parece
que não temos Presidente da República ou se o temos é ausente…ele não aparece,
não fala, não vai a festas, não telefona,…!
A estas pessoas,
a quem eu chamo de ignorantes, quando têm a sorte de se cruzarem em conversa
comigo, rapidamente esclareço:
- O Presidente
não pode falar, está preso! Içam a bandeira ao contrário e dá nisto!
- E o Presidente
da Câmara de Lisboa, não devia estar também?! -
perguntam.
- Não, esse não!
Esse senhor é boa pessoa! – respondo e prossigo – O Toninho Costa, para poupar
os contribuintes de Lisboa da conta da lavandaria, pediu ao senhor Tavares,
funcionário da Câmara, para levar a Bandeira Nacional para casa e a sua Maria
lavou-A e dobrou-A!
- E então! O
Toninho devia ser preso! – insistem, “ignorantemente”.
- Nããããão!!!
Presos estão o PR, o Sr. Tavares e a Dona Maria! O Toninho Costa cumpriu a sua
parte no castigo, que foi insultar o Sr. Tavares e a Dona Maria, numa visita à
prisão! – respondo.
Não gostei de
ver a bandeira içada ao contrário, mas gostava de ver o país do avesso. Não
confundir esta frase com a vontade de uma revolução armada ou violenta, mas sim
com uma revolução nos comportamentos:
- Na Assembleia
da República, em vez dos insultos habituais e arremesso de pedras uns aos
outros enquanto todos se abrigam em telhados de vidro, gostava que o discurso
fosse outro, ao estilo bem-educado e colaboracionista: “Ó Sr. Deputado do
partido que não aprecio, você é uma excelente pessoa, mas discordo do que
disse, mas estou disposto e disponível, para em conjunto, vermos a melhor
solução para os portugueses!
- Na estrada,
estarmos atentos aos outros e não atropelarmos a velhinha que já está no meio
da estrada, porque temos a razão de ela estar fora da passadeira!
- Na amizade,
sermos sinceros, sem ser brutos, e se gostamos da mesma miúda, ela que arranje
outro! Nós vamos beber umas cervejolas e miúdas para nos apaixonarmos há
muitas!
- No futebol, se
o árbitro marca de forma escandalosa um penalty
que não existe, a razão não se dever a suborno mas sim à plena sensação de que
estava a ajuizar bem, e com chave de ouro, ver as claques a entoar cânticos de
apoio ao juiz, do estilo: “Árbitro fofinho, olé! Para a próxima vês melhor,
olé, olé…!”
- Nos
relacionamentos, sentirmos-nos bem, porque os outros estão bem! Isto é um sinal
da descoberta da felicidade de dar…!
- Nos negócios,
a “palavra de honra” ser a mais importante “assinatura”, mais valiosa do que as
leis!
- No trabalho,
fazer por merecer, em vez de pedir primeiro para ver se fazemos a seguir!
-Na Justiça,
defender-se a vítima em vez do ladrãozinho que assaltou a casa e cortou a mãozinha
ao partir o vidro, porque a vítima é cuidadosa e trancou a porta e janelas e
propositadamente dificultou o assalto!!!
Estas coisas, em
alguns países aplicam-se, mas no nosso…!!!
Há pouquíssimo
tempo num café, na mesa ao lado onde estava sentado, um indivíduo contava aos
outros que tinha feito uma vigarice e o aldrabado caiu como um “pato”,
acreditando-se na palavra do aldrabão! A reação de quem ouvia foi “És o maior,
és mesmo fino!”. Assisti ao vivo e gratuitamente à glorificação do “chico espertismo”
e fiquei de tal forma embriagado com a cena que no fim exclamei “Amén!”.
Cheguei
novamente à conclusão de que vivemos num país infestado de finórios e golpistas,
e é desta linhagem que descende a classe política…os outros, que são honestos e
acreditam na palavra do seu semelhante, são os “patos!
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